Depois de um longo e agitado percurso a construir, a criar, a amar, a odiar, a lutar, comprometendo, falhando, sucedendo, o Louco sente uma profunda necessidade de recuar. Numa pequena casa rústica, no fundo da floresta, ele esconde-se para fazer uma leitura, uma “limpeza”, organizar, descansar ou simplesmente pensar. Mas, todas as noites ao entardecer, ele dirige-se para o exterior, atravessando a paisagem outonal. Ele carrega apenas uma lanterna.
É durante essas caminhadas inquietas do anoitecer até o amanhecer, olhando e examinando o que o leva a fantasiar, ele vê as coisas que perdeu durante a vida. Sua lanterna ilumina animais e insetos que só saem à noite, flores e plantas que só florescem pela lua ou luz das estrelas.
Como estes recantos secretos do mundo são iluminados e explorados por ele, ele sente que também está iluminando áreas ocultas da sua mente. De certa forma, ele tornou-se o Louco novamente. Como no início, ele vai onde quer que a inspiração o leva. O Eremita é como a lanterna, iluminado por dentro por tudo que ele é, capaz de penetrar a escuridão.
Mais cedo ou mais tarde, o Louco é levado a se perguntar: "Por quê?" Ele torna-se absorvido com a busca de respostas, e não de uma mera curiosidade, mas por uma necessidade premente para descobrir por que as pessoas vivem, só para sofrer e morrer. O Eremita (9) representa a necessidade de encontrar a verdade mais profunda.
O Louco começa a olhar para dentro, tentando entender seus sentimentos e motivações. O mundo sensual tem menos atração, e ele procura momentos de solidão longe da atividade frenética da sociedade. Com o tempo, ele pode procurar um professor ou um guia que lhe pode dar conselhos e direção.
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
Leandra Gomes
Rua António Nunes Sequeira966525297
Subscreva o nosso boletim informativo: