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RODA DA FORTUNA (10)

Fora da clandestinidade vem o Louco, a luz do sol, como se estivesse a ser puxado para cima de uma roda. É hora de uma mudança!! Cajado na mão, ele volta para o mundo, sem esperar nada. Mas, estranhamente, as coisas parecem acontecer com sem que ele faça nada. Vagando por uma roda d'água uma mulher oferece-lhe uma bebida num cálice de ouro, em seguida, pede-lhe para segurar o copo; enquanto vagueia por um moinho de vento, ele pára para assistir a um jovem a balançar a sua espada; quando ele expressa a sua admiração na arma, o jovem insiste que o Louco a leve.

E, finalmente, quando ele se depara com um rico comerciante sentado, bem em cima de uma das rodas, o homem entrega-lhe um saco de dinheiro.

"Eu decidi dar à décima parte à pessoa que passasse por mim hoje", explica o comerciante, "Você é o décimo." É como se tudo de bom que ele já fez na sua vida estivesse a ser pago de volta, três vezes. Há dias de sorte, e este é um deles!!

Depois de muita procura da alma, o Louco começa a ver como tudo se coneta. Ele tem uma visão do design maravilhoso do mundo; seus padrões e ciclos interligados. A Roda da Fortuna (10) é um símbolo do universo misterioso, cujas partes trabalham juntas em harmonia. Quando o Louco vislumbra a beleza e a ordem do mundo, ainda que brevemente, ele encontra algumas das respostas que está aprocurar.

Às vezes as suas experiências parecem ser obra do destino. Um encontro casual ou ocorrência milagrosa começa o processo de mudança. O Louco pode reconhecer o seu destino na sequência de eventos que o levaram a este ponto de viragem. Tendo sido solitário, ele sente-se pronto para o movimento e ação novamente. Sua perspetiva é mais ampla, e ele vê-se dentro do grande esquema de um plano universal. Seu senso de propósito é restaurado.